Ex-prefeito de Capivari de Baixo preso na Operação Mensageiro é solto
O ex-prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL), preso na segunda fase da Operação Mensageiro, foi solto nesta segunda-feira (24). Ele renunciou ao mandato há uma semana, no dia 17 de julho.
A informações foi obtida com exclusividade pelo repórter da NDTV, Felipe Kreusch. O despacho assinado pelo juiz Guilherme Mattei Borsoi determina a soltura mediante medidas cautelares. São elas:
– Obrigatoriedade de ele comparecer em juízo para justificar atividades;
– Proibição de acesso e frequência à Prefeitura Municipal de Capivai de Baixo, secretaria e/ou autarquias, bem como de manter contato com qualquer testemunha de acusação ou colaborador premiado da ação penal ou de procedimentos conexos da Operação Mensageiro;
– Proibição de ausentar-se da Comarca por mais de sete dias sem autorizção do juízo, bem de mudar de endereço, sem comunicação ao juízo.
– O político foi preso em 2 de fevereiro deste ano, suspeito de participar do esquema de fraudes e corrupção em contratos de coleta e destinação de lixo.
O processo foi enviado à primeira instância e o juiz determinou a soltura, alegando que agora o político não pode retornar ao cargo.
Segundo a defesa de Corrêa Costa, ele deve sair da prisão ainda nesta segunda. O juiz já marcou uma nova audiência no dia 18 de setembro, quando serão interrogados os acusados no processo.
Renúncia de mandato
A renúncia ao mandato do agora ex-prefeito foi formalizada rem uma sessão na Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo. Antes da decisão, um processo de impeachment tramitava no plenário contra ele.
“Sinto-me uma figura fantasmagórica, assombrando os legisladores e ao paço municipal. Posto isto, diante do atual cenário, para o restabelecimento da ordem, harmonia e equilíbrio, renuncio”, diz o documento assinado por Corrêa Costa.
De acordo com a Câmara, pela Lei da Ficha Limpa o ex-prefeito fica inelegível por oito anos.
Entenda a Operação Mensageiro
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.
Segundo o MPSC, um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.
Fonte: Nd+